A docência no ensino superior enfrenta hoje um momento de convergência entre exigências regulatórias e demandas sociais por práticas pedagógicas mais relevantes. O Novo Marco Regulatório da Educação Superior colocou no centro dessa discussão a promoção do acesso à educação superior de qualidade, o que também envolve a qualificação do professor com competências docentes atuais, e os princípios dos formatos híbridos e a distância, entre outros pontos. Por sua vez, as Instituições de Ensino Superior (IES) precisam garantir que seus professores desenvolvam competências capazes de responder a essas demandas sem perder de vista a qualidade acadêmica.
A seguir, explicamos quais competências importam para o corpo docente no século XXI, como elas se alinham às novidades legais e que passos concretos a IES e o professor podem adotar para avançar com segurança e impacto positivo no ensino e na aprendizagem.
O que o Novo Marco Regulatório da Educação Superior exige do corpo docente
O Decreto nº 12.456/2025 reforça princípios como promoção do acesso, pluralidade de materiais, interação entre estudantes e profissionais da educação, valorização da docência, formação docente continuada e etc. Em termos práticos, a partir de 20 de setembro de 2025, o Ministério da Educação (MEC) espera que as IES:
- Disponham de programas de formação docente continuada;
- Registrem docentes e mediadores pedagógicos em cadastros oficiais e obrigatórios do MEC;
- Garantam a mediação pedagógica efetiva de forma parcial ou integral na educação a distância;
- Adotem materiais acessíveis, diversos e alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais;
- Controlem frequência e participação em atividades essenciais à integralização curricular.
Essas mudanças elevam a exigência sobre as competências docentes, não somente as metodológicas, mas também as digitais.
Competências docentes do Século XXI: quais são as principais e por que importam
Competência pedagógica: projetar experiências significativas
Os professores precisam conceber sequências didáticas que articulem objetivos, atividades e avaliações formativas. A competência pedagógica combina conhecimento didático, seleção de estratégias ativas e adaptação de conteúdos à realidade dos estudantes. Nesse sentido, o professor deve saber converter objetivos de curso em atividades que promovam produção, reflexão e aplicação.
Competência digital e tecnológica
Mais do que usar ferramentas, o docente deve integrar a tecnologia às decisões pedagógicas. Isso inclui escolher recursos que favoreçam a aplicação de metodologias ativas, avaliações significativas entre outros aspectos. Contudo, de fato, a tecnologia na educação deve ser considerada meio e não fim. O Novo Marco Regulatório da Educação Superior incentiva as competências digitais para docentes, portanto, as IES que oferecem uma formação docente continuada aos professores ganham destaque. A Academia Collabits conta com um curso focado nisso e você pode saber mais neste link.
Competência avaliativa: formação e diagnóstico
A avaliação precisa orientar a aprendizagem, isso é fato. A competência avaliativa refere-se à criação de instrumentos diversificados (diagnósticos, formativos, somativos), uso de rubricas (parâmetros de avaliação) e interpretação de dados para intervenções pedagógicas. A atividade formativa, citada explicitamente no contexto regulatório, diz respeito às atividades de natureza prático-profissional.
Competência de mediação e comunicação
A mediação vai além de tratar conteúdos e engloba facilitar diálogos, gerenciar dinâmicas de grupo e promover a presença pedagógica em ambientes síncronos e assíncronos. Por isso, os professores têm de estabelecer rotinas de interação e usar estratégias que fomentem a participação e o engajamento dos estudantes nas atividades presenciais e síncronas mediadas, requisito valorizado no Novo Marco Regulatório da Educação Superior.
Competência em inclusão e acessibilidade
As IES respondem por políticas de acessibilidade e materiais plurais. Assim, o docente deve utilizar conteúdos com recursos acessíveis (transcrições, legendas, etc.), aplicar adaptações razoáveis e reconhecer a diversidade de trajetórias de aprendizagem em sala de aula.
Competência investigativa e de melhoria contínua
Docentes do Século XXI precisam combinar constantemente a prática e a pesquisa com a observação de resultados, testes de inovações e documentação de evidências. Esse tipo de postura facilita processos e alimenta a ideia de melhoria contínua no ensino e na aprendizagem.
Competência colaborativa e de liderança pedagógica
Trabalhar em parceria com professores e demais profissionais envolvidos na Educação Superior, criar planos de aula em conjunto e compartilhar boas práticas fazem parte do repertório do professor moderno. Aliás, a liderança pedagógica pode surgir em qualquer cargo, por exemplo por meio de coordenação de projetos de formação ou cursos entre pares.
Leia também: Avaliação para a aprendizagem no Collabits
Como as competências docentes se alinham ao Novo Marco Regulatório da Educação Superior
O Novo Marco Regulatório da Educação Superior demanda de uma formação docente continuada e comprovação de práticas pedagógicas condizentes com padrões de qualidade. Logo, as competências docentes listadas anteriormente não são abstratas e representam critérios que o regulador espera ver implementados. Em especial:
- A ênfase na mediação pedagógica se relaciona com a competência de comunicação;
- A exigência de materiais didáticos diversificados e acessíveis reforça a competência em inclusão e acessibilidade;
- O controle de frequência e o foco em participação conectam-se à competência avaliativa;
- A obrigatoriedade de formação docente continuada faz com que as IES ofereçam cursos que desenvolvam competências pedagógicas e digitais de seus professores.
Desse modo, alinhar o desenvolvimento profissional às principais competências docentes do Século XXI ajuda a IES a cumprir normas e, ao mesmo tempo, elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem.
O que o professor pode fazer já: um roteiro pessoal
O professor pode começar com ações fáceis e de alto impacto, como revisar objetivos de disciplina, adotar avaliações formativas curtas, experimentar uma tecnologia por semestre, participar de uma comunidade de prática, registrar evidências de impacto, entre tantas outras possibilidades. Então, essas iniciativas reforçam o repertório profissional e posicionam o docente em um papel de destaque no ensino e na aprendizagem do Século XXI.
Corpo docente sempre capacitado com a Formação Docente Continuada da Academia Collabits
Professores e Instituições de Ensino Superior (IES) encontram na Formação Docente Continuada da Academia Collabits a direção necessária para estarem em acordo com o Novo Marco Regulatório da Educação Superior. Especialmente às IES, recomendamos clicar aqui para oferecer aos professores um curso alinhado às competências docentes do século XXI.
